domingo, 23 de agosto de 2009

DANÇAS BAILADOS E FOLGUEDOS

Uma das festas em destaque em Pernambuco é o carnaval. Suas origens estão ligadas aos colonizadores portugueses. Era comum a brincadeira de atirar farinha entre os foliões. O tempo foi passando e as brincadeiras foram mudando começaram a usar máscaras, fantasias, jogar confetes e serpentinas. Essa festa foi incorporada pelos brasileiros, contagiando e alegrando o povo. Em nosso estado, o carnaval é famoso e conhecido em todo país. As prévias carnavalescas em Recife e Olinda acontecem no período de janeiro e fevereiro, são elas que levam o espírito de folião até o sábado do Zé Pereira. Nas ruas de Olinda e Recife muitos blocos saem animando a multidão. Os blocos mais famosos são: o Bacalhau do Batata, o Bloco das Virgens, (homens que se vestem de mulheres)e o Galo da Madrugada.
O Galo da Madrugada é o maior clube carnavalesco do mundo levando mais de um milhão de foliões às ruas do Recife no sábado de carnaval.


Em Olinda, cenário de uma bela paisagem que convida a todos para festejar e brincar.O símbolo do carnaval são os bonecos gigantes confeccionados em oficinas, e que conduzem a população ao som animado do frevo, caboclinho e Maracatu, subindo e descendo ladeira.
Esses bonecos gigantes são originários do teatrinho de fantoche (mamulengos) introduzidos em Pernambuco pelos portugueses.



FREVO

Tocar, cantar e dançar frevo é coisa de pernambucano.
Publicada pela primeira vez no Jornal Pequeno, de Recife, em 1908 a palavra frevo pegou logo. Trocando o “r” de lugar, o povo dizia que as ruas “freviam” durante o carnaval. Só mais tarde o termo passou a designar a música, cujo ritmo surgiu no final do século XIX quando os músicos das bandas reformularam-no, para acompanhar a coreografia dos capoeiristas que saíam à frente das bandas.
No Recife, os capoeiristas tinham o hábito de carregar, como arma, um pedaço de pau. Com a repressão, trocaram-no por um guarda-chuva. Ele era carregado fechado e quase e quase nunca estava em bom estado. Ai está a origem da sombrinha no frevo, que serve também para dar equilíbrio ao passista. O frevo é uma criação do carnaval de Recife.


CABOCLINHOS

Tocando flautas e pífanos, batendo flechas em seus arcos, dando saltos simulando ataques, e defesas, todos fantasiados de índios, esses grupos percorrem as ruas do Nordeste na época do carnaval.
Não há enredo nem coreografia específica para esse bailado primitivo, mas tudo indica uma reminiscência da apresentação, feita pelos índios aos brancos de suas danças.
Antigamente antes de começarem seus desfiles, esses grupos visitavam os pátios das igrejas, prestando assim uma homenagem as autoridades religiosas.
Um registro de 1854 conta que foi o padre recebido pelos índios com uma dança graciosa de todos empenados com seus diademas na cabeça, e outros atavios das mesmas penas, e faziam suas mudanças (passos e evoluções) graciosas.
No sul, São Paulo, Minas e Rio essa modalidade é conhecida como caiapó, com algumas modificações. Há um enredo com rapto e resgate de um pequeno indígena, além do abandono dos instrumentos de sopro, que sáo substituídos por tambores, caixas, panderos e reco-recos.

MARACATU

Pequeno grupo carnavalesco, principalmente em Recife em Pernambuco. Ultimamente, também tem se espalhado por outros estados, como o Ceará.
Inicialmente uma manifestação religiosa negra, homenageando Nossa Senhora do Rosário, sempre terminando com um batuque no adro da igreja, o maracatu foi perdendo sua conotação religiosa e transformou-se num folguedo carnavalesco.
O maracatu percorre as ruas cantando e dançando sempre acompanhado pela orquestra só de percussão, composta de tambores, chocalhos e agogôs, numa percussão em batuque, ou como a população costuma chamar o ritmo, num “batuque virado”.
Não existe um passo ou coreografia específica do maracatu: dança-se à vontade seguindo a batida da pequena orquestra.
Uma das danças mais populares de Recife tem como característica um cortejo real, é composto de um rei e uma rainha com príncipes, damas e também embaixadores
Esses grupos, comumente chamado de Nações, têm nomes tradicionais e primitivos, como o famoso elefante, na ativa desde 1910, e outro, como Nação de Cabinada Velha, Nação Estrela Brilhante ou Nação Leão Dourado.
As figuras femininas, como a Princesa Dona Clara ou a Dama do Paço, todas representadas por calungas, figuras desenhadas ou pintadas em estandartes de pano, são levadas, abrindo o desfile, pelas condutoras e são o destaque principal do grupo, ficando as personagens masculinas, como Dom Henrique, rei do Maracatu, e o índios Tupi, em plano secundário.
De origem africana o maracatu parece ser uma representação dos desfiles processionais africanos, principalmente do Sudão, pelo uso da lua crescente e de animais, como o elefante e o leão, nos estandartes.
Existem dois tipos de maracatus: o urbano e o rural.

XAXADO

Nasceu no alto sertão de Pernambuco, nas regiões do Pajéu e Moxotó. A palavra xaxado é uma onomatopéia do barulho xa-xa-xa feito pelas alpercatas dos dançarinos quando eles arrastam no chão.

CIRANDA


A ciranda é uma dança típica do litoral pernambucano.

A Ilha de Itamaracá é o ponto de referência da mais tradicional manifestação popular de Pernambuco depois do frevo: a ciranda. Dança de roda e de improviso, o folguedo se espalha por todo litoral do estado. Os integrantes da ciranda dançam de mãos dadas formando uma grande roda e movimentando-se em círculo. O mestre cirandeiro(ou cirandeira) vai entoando versos de improviso enquanto os outros prosseguem repetindo o refrão.
A Ilha de Itamaracá, conhecida por suas cirandas que acontecem o ano todo, tem uma cirandeira famosa que se chama Lia.
BAIÃO


Principalmente para quem é nordestino o som do baião tem presença constante durante todo ano. No entanto, é no período dos festejos juninos, que seu ritmo é mais tocado e desejado por aqueles que freqüentam os arraiais e os clubes onde acontecem os baiões.
O conjunto típico exigido pelo baião ( baile e música) inclui sanfona, triângulo e Zabumba.

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