sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A diferença pede licença


Letícia Thompson

A sociedade é um imenso mercado, onde muito cedo as pessoas são etiquetadas e colocadas em algum lugar, sem escolha possível. O bonito, o feio, o desajeitado, o inteligente, o atrasado, o grande, o pequeno, o normal, o anormal...

E julga-se, sem piedade, os fracos, os fortes, os vencedores, os perdedores, os sãos, os doentes.
Chama-se de diferente aquele que não está na mesma linha de normalidade que a maioria do ser humano.
Mas, o que é ser diferente senão o fato de não ser igual?
Não somos assim, todos diferentes?

Por que etiquetas, se todos trazemos em nós riquezas inúmeras, mesmo se muitas vezes imperceptíveis aos olhos humanos?
A diferença pede licença sim!!!
Dá-me oportunidade!
Deixa-me mostrar quem sou, ao meu tempo!
Deixa-me desenvolver minhas capacidades e farei florir meu deserto.
Peço é oportunidade para mostrar do que sou capaz.
Peço aceitação para estar no meu lugar, não o escolhido para mim, mas aquele onde sou capaz de chegar.
Se não plantamos sementes, jamais colheremos frutos!

Deixar que cada qual desenvolva a seu tempo e seu ritmo o seu potencial é dar abertura ao mundo.
É a diversidade de flores que dá beleza a um jardim.

Quem é normal e quem é anormal se o sangue corre da mesma forma para todos, se o coração bate da mesma forma, se as lágrimas têm a mesma cor e se o sorriso fala com as mesmas palavras?

A diferença pede aceitação, pede respeito, pede tolerância e pede, sobretudo, muito amor.

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