Grande animal que galopa pelos campos, soltando fogo e chispas pelas ventas e pela boca. Seu galope é pesado e barulhento, parecendo que suas patas são ferradas. Não se sabe de onde vem nem para onde vai e sua corrida desenfreada, com altos relinchos, assusta e assombra a todos. Às vezes soluça como gente.
Segundo a tradição é a maldição que recai sobre a concubina de um sacerdote. Para evitar esse encantamento deverá o amásio amaldiçoar a companheira sete vezes antes de celebrar missa. Conta-se que uma delas naturalmente em forma humana, teve a petulância de assistir a uma missa e a hóstia sumiu das mãos do celebrante.
Também se diz, que e o padre esquecer o juramento da castidade costumam aparecer, no lugar do pecado, com "cavalos sem cabeça".
Mais tradicional no Sul, provavelmente devido aos largos pastoris, não é esta lenda, como muitas outras, de origem brasileira. São conhecidas versões europeias, desde a Idade Média e em outros países, como México e Argentina.
Os estudiosos dizem que a origem da lenda está ligada ao uso das mulas como meio preferencial de transportes pelos religiosos.
Coisa inexplicável é como uma mula sem cabeça pode relichar, soltar fogo pelas ventas e ter, como única forma de quebrar o seu encantamento, desde que haja coragem, o ato de lhe tirar o freio quando então aparecerá despida, chorando arrependida...
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