Aprender é descobrir aquilo que você já sabe. Fazer é demonstrar que você o sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você". (Richard Bach)
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Assédio Moral no trabalho
O que é Assédio Moral?
O Assédio Moral no Local de Trabalho é toda conduta abusiva manifestada através de qualquer forma de comunicação (palavras, gestos, escritos, etc.) que possam trazer danos à personalidade, à dignidade, ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, além de colocar em risco o emprego e degradar o ambiente de trabalho.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
sábado, 8 de setembro de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
PEDAGOGIA DA AUTONOMIA:
saberes necessários à
prática educativa. Paulo Freire.
Introdução
Na introdução do livro ,Freire, esclarece o público
alvo (docentes formados ou em formação), insistindo que formar um(a) aluno(a) é
muito mais que treinar e depositar conhecimentos simplesmente e, ainda que,
para formação, necessitamos de ética e coerência que precisam estar vivas e
presentes em nossa prática educativa, pois esta faz parte de nossa
responsabilidade como agentes pedagógicos.
Ele fala da esperança e do otimismo
necessários para mudanças e da necessidade de nunca se acomodar, pois
"somos seres condicionados, mas não determinados". Paulo Freire apresenta
três temas básicos para construir a Pedagogia da Autonomia, que leva à formação
para vida, são eles:
a) não há docência sem discência;
b) ensinar não é
transferir conhecimento e;
c) ensinar é uma especificidade humana.
O tema
central da obra é “a formação docente ao lado da reflexão sobre a prática
educativa progressiva em favor da autonomia do ser dos educandos”.
1°. Não há docência sem discência- “dosdicência”
Freire aponta que existem diferentes tipos de
educadores: críticos, progressistas e conservadores, mas, apesar destas
diferenças, todos necessitam de saberes comuns tais como:
• conseguir dosar a relação teoria/prática;
• criar
possibilidades para o(a) aluno(a) produzir ou construir conhecimentos, ao invés
de simplesmente transferir os mesmos;
• reconhecer que ao ensinar, se está
aprendendo; e não desenvolver um ensino de "depósito bancário", onde
apenas se injetam conhecimentos (informações) nos alunos! Saber “despertar no
aluno a curiosidade, a busca do conhecimento, a necessidade de aprender de
forma crítica”.
Destaca a necessidade de uma reflexão crítica sobre
a prática educativa, pois sem ela a teoria pode ir virando apenas discurso; e a
prática, ativismo e reprodução alienada. Quando diz que não há docência sem
discência, quer dizer que: quem ensina ‘aprende o ensinar’, e quem aprende
‘ensina o aprender’, sendo este posicionamento muito importante para o autor.
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua produção ou a sua construção. Desse modo, deixa claro
que o ensino não depende exclusivamente do professor, assim como aprendizagem
não é algo apenas de aluno, as duas atividades se explicam e se complementam;
os participantes são sujeitos e não objetos um do outro.
Aprendendo socialmente homens e mulheres descobriram que
é possível ensinar.
Procura também mostrar que a teoria deve ser
coerente com a prática do professor, que passa a ser um modelo e influenciador
de seus educandos: não seria convincente falar para os alunos que o alcoolismo
faz mal à saúde e tomar bebidas alcoólicas, deve-se ter “raiva” da bebida, pois
a emoção é o que move as atitudes dos cidadãos. Várias vezes, o autor fala da
“justa raiva” que tem um papel altamente formador na educação. Uma raiva que
protesta contra injustiças, contra a deslealdade, contra a exploração e a
violência. Podemos definir esta “justa raiva” como aquele desconforto que
sentimos mediante os quadros descritos acima.
1.1 Ensinar exige rigorosidade
metódica.
O educador comprometido com sua proposta de
educação deve afirmar a rigorosidade do método com o qual trabalha, tendo
clareza em seus objetivos e com um discurso que não pode ser diferente da
prática.
A educação democrática não pode usar o método transferidor, não pode
limitar o ensino à transferência de conteúdos verificada na definição de
educação bancária. Uma das principais obrigações é o ensinar a pensar certo o
que não quer dizer que o ensinado vai ser o que o professor tem como certo,
como sua verdade, mas sim, dialogar sobre essas possíveis verdades. Tanto educador
quanto educando devem ser sujeitos na construção do conhecimento.
“Quem ensina
aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. Educador e educando
devem negar a passividade, o “depósito” de conteúdos em um “recipiente vazio”.
Educar é substantivamente formar.
Só quem pensa certo, mesmo que as vezes pense
errado, é quem pode ensinar a pensar certo. Uma das condições para isto é não
estarmos demasiados certos de nossas certezas.
1.2 Ensinar exige pesquisa. De acordo com Paulo
Freire, não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. O professor tem que
ser pesquisador. Faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca,
a pesquisa. É preciso pesquisar para se conhecer o que ainda não se conhece e
comunicar ou anunciar novidades. Há o dever de respeitar os saberes do educando
e os das classes populares. É preciso discutir com os alunos a realidade
concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina, a realidade,
a violência, a convivência das pessoas, implicações políticas e ideológicas.
O
conhecimento da realidade é muito importante. Freire afirma que não há
distância entre ingenuidade e criticidade; ao ser curioso, há crítica. Não
haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e nos põe pacientemente
impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando a ele algo que
fazemos. O professor, assim como o aluno, é movido pela curiosidade. Para o
autor, o pensar certo, do ponto de vista do professor, implica no respeito ao
senso comum existente no educando, durante o processo de sua necessária
superação. O respeito e o estímulo à capacidade criadora do educando
contribuirão para que ele possa sair da consciência ingênua e passe a ter uma
consciência crítica.
1.3 Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos. É
preciso estabelecer uma intimidade entre os saberes curriculares fundamentais
aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos. Respeitar e
utilizar esses saberes.
1.4 Ensinar exige criatividade. A curiosidade é
inerente ao processo de ensino-aprendizagem. Não há criatividade sem
curiosidade.
1.5 Ensinar exige estética e ética. Se, se respeita a natureza do
ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do
educando. Educar é formar.
1.6 Ensinar exige a corporeificação das palavras
pelo exemplo. A prática educativa em si deve ser um testemunho rigoroso de
decência e de pureza, já que nela há uma característica fundamentalmente
humana: o caráter formador. Para isso, o professor deve se utilizar, como diz
Freire, da corporeificação das palavras, como exemplo, e ainda destaca a
importância de propiciar condições aos educandos, em suas relações uns com os
outros ou com o professor, de treinar a experiência de ser uma pessoa social,
que pensa, se comunica, tem sonhos, que tem raiva e que ama. Isto despe o
educador e permite que se rompa a neutralidade do mesmo. Com esta postura o
autor quer dizer que a educação é uma forma de intervenção no mundo, que não é
neutra, nem indiferente.
Você sabe com quem está falando?
1.7 Ensinar exige risco, aceitação do novo e
rejeição a qualquer forma de discriminação.
Pensar certo é fazer certo, é ter segurança na
argumentação é saber discordar do seu oponente sem ser contra ele ou ela, sem
qualquer tipo de discriminação.
Ao educador, cabe desafiar o educando e
produzir sua compreensão do que sendo comunicado.
1.8 Ensinar exige reflexão
crítica sobre a prática. A prática docente crítica envolve o movimento dinâmico
e dialético entre o fazer e o pensar sobre o fazer.
O “pensar certo” tem que
ser produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o professor formador. Na formação
permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre
a prática (práxis). É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que
se pode melhorar a próxima prática.
Na prática de não fumar, opto, decido; nesta
prática assumo risco e aí se concretiza materialmente!
1.9 Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da
identidade cultural. Ao nos assumirmos não estamos excluindo os outros,
significa assumir-se como ser histórico e social, pensante, transformador e
criador. A questão da identidade cultura é fundamental na prática educativa e
tem a ver diretamente com assumir-nos enquanto sujeitos. A construção de um
saber junto ao educando depende da importância que o educador dá a parte
social, à comunidade à qual ele trabalha para conseguir aproximar os contextos
a realidade vivida, compondo assim um dialogo aberto com o aluno. Dado o
exposto, Freire simplifica: “não há docência sem discência”.
ir além
dele.
Esta é a diferença entre o ser condicionado e o ser determinado
|
2 - Ensinar não é transferir conhecimentos. Ensinar
não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua própria
produção ou a sua construção.
2.1 Ensinar exige consciência do inacabamento.
Onde há vida, há inacabamento. Mas só entre homens e mulheres o inacabamento se
tornou consciente. A História de qual fazemos parte é um tempo de
possibilidades, não de determinismo.
2.2 Ensinar exige o reconhecimento de ser
condicionado. Somos seres condicionados, mas conscientes do inacabamento, e, por
isso, sabemos que podemos Dito em poucas palavras por Freire: “o que está
condicionado, mas não determinado”. Nossa presença no mundo não é a de quem
nele se adapta mas a de quem nele se insere. É a posição de quem luta para não
ser apenas objeto, mas sujeito também da História. Assim como as barreiras são
difíceis para o cumprimento de nossa tarefa histórica de mudar o mundo, sabemos
também que os obstáculos não são eternos.
Assim, homens e mulheres se tornam educáveis na medida em que se reconheceram inacabados. Não foi a educação que fez mulheres e homens educáveis, mas a consciência de sua inconclusão. Passamos assim, a ser sujeitos e não apenas objeto da nossa história, pois não devemos ver situações como fatalidades e sim estímulo para mudá-las.
Assim, homens e mulheres se tornam educáveis na medida em que se reconheceram inacabados. Não foi a educação que fez mulheres e homens educáveis, mas a consciência de sua inconclusão. Passamos assim, a ser sujeitos e não apenas objeto da nossa história, pois não devemos ver situações como fatalidades e sim estímulo para mudá-las.
2.3 Ensinar exige
respeito à autonomia do ser do educando. O respeito à autonomia e à dignidade
de cada um, é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder
uns aos outros. Saber que devo respeito a autonomia e a identidade do educando,
exige de mim uma prática que seja em tudo coerente com este saber.
2.4 Ensinar
exige bom senso. Quanto mais praticamos de forma metódica a nossa capacidade de
indagar, duvidar, de aferir, tanto mais eficazmente curiosos podemos nos tornar
e com isso o nosso bom senso pode ir se tornando mais crítico. O exercício do
bom senso vai superando o que há nele de instintivo por meio da avaliação que
fazemos dos fatos e dos acontecimentos em que nos envolvemos. O educador
precisa do bom senso em seu trabalho.
2.5 Ensinar exige humildade, tolerância e
luta em defesa dos direitos dos educadores.
A luta dos professores em defesa de seus direitos e
de sua dignidade deve ser entendida como um momento importante de sua prática
docente, enquanto prática ética. Não é algo que vem de fora da atividade
docente, mas algo que faz parte dela. Uma das formas de luta contra o
desrespeito dos poderes públicos pela educação, de um lado, é a nossa recusa em
transformar nossa atividade docente em puro bico, e de outro, a nossa rejeição
a entendê-la e a exercê-la como prática afetiva de “tias e de tios”.
2.6
Ensinar exige apreensão da realidade. A capacidade de aprender, não apenas para
nos adaptar, mas sobretudo para transformar a realidade para nela intervir,
recriando-a, fala de nossa educabilidade a um nível distinto do nível do
adestramento dos outros animais ou do cultivo das plantas.
Aprender, para nós, é uma aventura criadora, algo, por isso mesmo, muito mais rico do que meramente repetir a lição dada. Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito. Portanto é importante que a realidade seja sempre um dado presente no processo ensino-aprendizagem.
2.7 Ensinar exige alegria e esperança. Há uma estreita relação entre a alegria necessária à atividade educativa e a esperança. A esperança faz parte da natureza humana. A esperança de que (juntos) professor e alunos podem aprender, ensinar, produzir, e, juntos igualmente resistir aos obstáculos é a nossa alegria.
O ensinar busca a conscientização das pessoas, pois o ser humano que tenha esperança é capaz de mudar realidades. A desesperança é a negação da esperança. A esperança é um condimento indispensável à experiência histórica, sem ela não haveria História, mas puro determinismo.
2.8 Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. Aqui, Freire, fala da necessidade de não aceitar o determinismo como um modo de explicação das desigualdades no mundo, mas como sujeitos interventores. Não visa a adaptação e sim a intervenção (mudança) na realidade.
Como educadores devemos conhecer nossos alunos, não podemos desconsiderar os saberes dos grupos populares e a realidade histórico-político- social vivida por eles, pois todos estão inseridos num ciclo de aprendizagem. A essa atitude, corresponde a expulsão do opressor de dentro do oprimido. Mudar é difícil mas é possível, e a partir disto vamos programar nossa ação político-pedagógica. EX: o que nos traz o conhecimento sobre a realidade dos terremotos.
2.9 Ensinar exige curiosidade. O exercício da curiosidade convoca a imaginação, a intuição, as emoções, a capacidade de conjeturar, de comparar. O fundamental é que professores e alunos saibam que a postura deles (professor e alunos), é dialógica, ou seja, aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto fala ou enquanto ouve. O que importa é que professor e alunos se assumam epistemologicamente1 curiosos. Mas, não podemos esquecer, que a curiosidade, assim como a liberdade deve estar sujeita a limites eticamente assumidos por todos. Minha curiosidade não tem o direito de invadir a privacidade do outro e expô-la aos demais.
Aprender, para nós, é uma aventura criadora, algo, por isso mesmo, muito mais rico do que meramente repetir a lição dada. Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito. Portanto é importante que a realidade seja sempre um dado presente no processo ensino-aprendizagem.
2.7 Ensinar exige alegria e esperança. Há uma estreita relação entre a alegria necessária à atividade educativa e a esperança. A esperança faz parte da natureza humana. A esperança de que (juntos) professor e alunos podem aprender, ensinar, produzir, e, juntos igualmente resistir aos obstáculos é a nossa alegria.
O ensinar busca a conscientização das pessoas, pois o ser humano que tenha esperança é capaz de mudar realidades. A desesperança é a negação da esperança. A esperança é um condimento indispensável à experiência histórica, sem ela não haveria História, mas puro determinismo.
2.8 Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. Aqui, Freire, fala da necessidade de não aceitar o determinismo como um modo de explicação das desigualdades no mundo, mas como sujeitos interventores. Não visa a adaptação e sim a intervenção (mudança) na realidade.
Como educadores devemos conhecer nossos alunos, não podemos desconsiderar os saberes dos grupos populares e a realidade histórico-político- social vivida por eles, pois todos estão inseridos num ciclo de aprendizagem. A essa atitude, corresponde a expulsão do opressor de dentro do oprimido. Mudar é difícil mas é possível, e a partir disto vamos programar nossa ação político-pedagógica. EX: o que nos traz o conhecimento sobre a realidade dos terremotos.
2.9 Ensinar exige curiosidade. O exercício da curiosidade convoca a imaginação, a intuição, as emoções, a capacidade de conjeturar, de comparar. O fundamental é que professores e alunos saibam que a postura deles (professor e alunos), é dialógica, ou seja, aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto fala ou enquanto ouve. O que importa é que professor e alunos se assumam epistemologicamente1 curiosos. Mas, não podemos esquecer, que a curiosidade, assim como a liberdade deve estar sujeita a limites eticamente assumidos por todos. Minha curiosidade não tem o direito de invadir a privacidade do outro e expô-la aos demais.
3. Ensinar é uma especificidade humana Neste
capítulo, Freire mostra a necessidade de segurança, do conhecimento e da
generosidade do educador para que tenha autoridade, competência e liberdade na
condução de suas aulas. Homens e mulheres são seres programados, mas,
programados para aprender.
3.1 Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade. A segurança da autoridade docente implica numa outra, a que se funda na sua competência profissional. Nenhuma autoridade docente se exerce ausente desta competência.
O professor que não leve a sério sua formação, que não estude, que não se esforce para estar a altura de sua tarefa não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe; a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor.
3.1 Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade. A segurança da autoridade docente implica numa outra, a que se funda na sua competência profissional. Nenhuma autoridade docente se exerce ausente desta competência.
O professor que não leve a sério sua formação, que não estude, que não se esforce para estar a altura de sua tarefa não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe; a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor.
Epistemologia:conjunto de conhecimentos que têm por
objeto o conhecimento científico, visando a explicar os seus condicionamentos
(sejam eles técnicos, históricos, ou sociais, sejam lógicos, matemáticos, ou
lingüísticos), sistematizar as suas relações, esclarecer os seus vínculos, e
avaliar os seus resultados e aplicações. Dic. Aurélio.
O caráter formador do espaço pedagógico é
autenticado pelo clima de respeito existente. Este clima nasce de relações
sérias, humildes, generosas, em que a autoridade docente e as liberdades dos
alunos se assumem eticamente.
O ensino dos conteúdos implica o testemunho ético do professor. É impossível separar o ensino dos conteúdos da formação ética dos educandos, a teoria da prática, a autoridade da liberdade, a ignorância do saber, o respeito ao professor do respeito aos alunos, o ensinar do aprender. Como professor, não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância se não supero permanentemente a minha. Defende a necessidade de se exercer a autoridade com a segurança fundada na competência profissional, junto à generosidade.
3.2 Ensinar exige comprometimento Freire ressalta aqui a importância de aproximar o discurso do desempenho, o discurso teórico à prática pois afinal o professor é o exemplo para os alunos. O docente pode desconhecer algumas coisas mas tem que saber muito sobre seu trabalho, deve estar sempre preparado. Ensinar exige comprometimento, sendo necessário que se aproxime cada vez mais os discursos das ações. Sendo professor, é necessário conhecer o que ocorre no espaço escolar e estar ciente de que a sua presença nesse espaço não passa desapercebida pelos alunos.
O ensino dos conteúdos implica o testemunho ético do professor. É impossível separar o ensino dos conteúdos da formação ética dos educandos, a teoria da prática, a autoridade da liberdade, a ignorância do saber, o respeito ao professor do respeito aos alunos, o ensinar do aprender. Como professor, não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância se não supero permanentemente a minha. Defende a necessidade de se exercer a autoridade com a segurança fundada na competência profissional, junto à generosidade.
3.2 Ensinar exige comprometimento Freire ressalta aqui a importância de aproximar o discurso do desempenho, o discurso teórico à prática pois afinal o professor é o exemplo para os alunos. O docente pode desconhecer algumas coisas mas tem que saber muito sobre seu trabalho, deve estar sempre preparado. Ensinar exige comprometimento, sendo necessário que se aproxime cada vez mais os discursos das ações. Sendo professor, é necessário conhecer o que ocorre no espaço escolar e estar ciente de que a sua presença nesse espaço não passa desapercebida pelos alunos.
3.3 Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no Mundo. A educação jamais é neutra, ela pode implicar tanto o esforço da reprodução da ideologia dominante quanto o seu desmascaramento.
Para Freire, a Pedagogia da Autonomia deve estar centrada em experiências estimuladoras da decisão, da responsabilidade, ou seja, em experiência respeitosas da liberdade. Para isso, ao ensinar, o professor deve ter liberdade e autoridade, em que a liberdade deve ser vivida em coerência com a autoridade.
O professor como ser político, emotivo, pensante não pode ser imparcial em suas atitudes, deve sempre mostrar o que pensa, apontando diferentes caminhos, evitando conclusões, para que o aluno procure a qual acredita, com suas explicações, se responsabilizando pelas conseqüências e construindo assim sua autonomia.
Para que isso ocorra deve haver um balanço entre autoridade e liberdade. Deste modo, destaca-se que somente quem sabe escutar é que aprende a falar com os alunos. Finaliza dizendo que a atividade docente é uma atividade alegre por natureza, mas com uma formação científica séria e com a clareza política dos educadores.
Foi somente a percepção de que homens e mulheres são seres “programados, mas para aprender” e conseqüentemente para ensinar, conhecer e intervir, que faz o autor entender a prática educativa como um exercício constante em favor da produção e do desenvolvimento da autonomia de educadores e educandos, não somente transmitindo conteúdos, mas redescobrindo, construindo e ressignificando, ou seja, dando um novo significado a estes conhecimentos, além de transcenderem e participarem de suas realidades históricas, pessoais, sociais e existenciais.
Mesmo com todas as dificuldades para se educar, isto é, condições de trabalho,salários baixos, descasos, formas de avaliação, ainda há muitos professores exercendo sua função de maneira eficaz. Com certeza, isso se deve ao que o autor chama de vocação, que significa ter afetividade, gostar do que faz, ter competência para uma determinada função, com isso muita coisa pode ser mudada através da prática educativa.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Ciranda Cirandinha
Ó Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
Vamos dar a volta inteira
Cavalheiro, troque o par
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou.
Craveiro, me dá um cravo;
Roseira, dá-me um botão;
Menina, me dá um beijo
Qu'eu te dou me coração
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
Vamos dar a volta inteira
Cavalheiro, troque o par
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou.
Craveiro, me dá um cravo;
Roseira, dá-me um botão;
Menina, me dá um beijo
Qu'eu te dou me coração
Coreografia
Todos cantam e dançam em círculo. Podem ser acrescentadas mais estrofes.
Marcadores:
Brinquedos e brincadeiras populares,
Cantigas de roda
O bá-bé-bi-bó-bu
O bá-bé-bi-bó-bu
Vamos todos aprender (bis)
Soletrando o b-a-bá
na cartilha do abc
O (v) é uma letra (bis)
Que faz parte do a-b-c
(Vivian) você não sabe
O quanto eu gosto de você
Vamos todos aprender (bis)
Soletrando o b-a-bá
na cartilha do abc
O (v) é uma letra (bis)
Que faz parte do a-b-c
(Vivian) você não sabe
O quanto eu gosto de você
Forma-se um círculo de crianças. Fica uma no centro. Enquanto todas cantam a primeira estrofe, a do centro escolhe, mentalmente, a primeira letra do nome de alguém da roda, e canta a seguinte estrofe. A pessoa escolhida passa para o centro e a brincadeira continua
O Trem de Ferro
Manuel Bandeira (Antologia Poética)
Coro falado (jogral)
Café com pão
Café com pão
Café com pão (todos)
Virgem Maria,
o que foi isso maquinista (um aluno(a) )(forte)
Agora sim
Café com pão
Agora sim (todos)
Voa fumaça,
Corre cerca (um aluno(a))
Ai seu foguista
Bota fogo na fornalha
Que eu preciso: (um aluno(a))
Muita força
Muita força
Muita força (todos)
O ô......
Foge bicho
Foge povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho de ingazeira
Debruçado no riacho
Que vontade de cantar! (todos)
Vou depressa,
Vou correndo,
Vou a toda. (todos)
Que só levo:
pouca gente (fraco)
pouca gente (fraco)
pouca gente (fraquíssimo)
O ô.......
Coro falado (jogral)
Café com pão
Café com pão
Café com pão (todos)
Virgem Maria,
o que foi isso maquinista (um aluno(a) )(forte)
Agora sim
Café com pão
Agora sim (todos)
Voa fumaça,
Corre cerca (um aluno(a))
Ai seu foguista
Bota fogo na fornalha
Que eu preciso: (um aluno(a))
Muita força
Muita força
Muita força (todos)
O ô......
Foge bicho
Foge povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho de ingazeira
Debruçado no riacho
Que vontade de cantar! (todos)
Vou depressa,
Vou correndo,
Vou a toda. (todos)
Que só levo:
pouca gente (fraco)
pouca gente (fraco)
pouca gente (fraquíssimo)
O ô.......
Curupira
O curupira é um deus ou espírito que castiga aqueles que destroem a floresta, derrubando árvores sem necessidade caçando animais só pelo prazer de matar, eliminando animais novos ou fêmeas grávidas.O curupira também protege os rios e os peixes.
Para assustar as pessoas que destroem a natureza por prazer ou ganância os índios descrevem o Curupira como um "diabinho" com forma de menino, com cabelos vermelhos, o corpo coberto de pêlos e os pés virados para trás.
Na realidade, o Curupira, como outras personagens mitológicas, é guardião da natureza. É o "deus ecológico" dos povos indígenas do Brasil, que muito antes de todos nós compreenderam a importância das florestas.
O Brasil está precisando de muitos curupiras!
Na realidade, o Curupira, como outras personagens mitológicas, é guardião da natureza. É o "deus ecológico" dos povos indígenas do Brasil, que muito antes de todos nós compreenderam a importância das florestas.
O Brasil está precisando de muitos curupiras!
Caboclinhos
Tocando flautas e pífaros, batendo flechas com seus arcos, dando saltos, simulando ataques e defesas, todos fantasiados de índios, esses grupos percorrem as ruas do Nordeste na época de carnaval.
Não á enredo nem coreografia específica para esse bailado primitivo, mas tudo indica uma reminiscência da apresentação feita pelos índios aos brancos de suas danças.
Antigamente antes de começarem seus desfiles, esses grupos visitavam os pátios das igrejas prestando assim uma homenagem às autoridades religiosas.
Um registro de 1584 conta que" foi o padre recebido pelos índios com uma dança mui graciosa de meninos todos empenados com seus diademas na cabeça, e outros atavios das mesmas penas, queos faziam mui lustrosos e faziam suas mudanças (passos) e evoluções mui graciosas".
No sul são paulo Minas e Rio, essa modalidade é chamada de caiapó, com algumas modificações. Há um enredo com rapto e resgate de um pequeno indígena, além do abandono dos instrumentos de soro que são substituídos por tambores, caixas pandeiros e reco-recos.
Mula sem cabeça
Grande animal que galopa pelos campos, soltando fogo e chispas pelas ventas e pela boca. Seu galope é pesado e barulhento, parecendo que suas patas são ferradas. Não se sabe de onde vem nem para onde vai e sua corrida desenfreada, com altos relinchos, assusta e assombra a todos. Às vezes soluça como gente.
Segundo a tradição é a maldição que recai sobre a concubina de um sacerdote. Para evitar esse encantamento deverá o amásio amaldiçoar a companheira sete vezes antes de celebrar missa. Conta-se que uma delas naturalmente em forma humana, teve a petulância de assistir a uma missa e a hóstia sumiu das mãos do celebrante.
Também se diz, que e o padre esquecer o juramento da castidade costumam aparecer, no lugar do pecado, com "cavalos sem cabeça".
Mais tradicional no Sul, provavelmente devido aos largos pastoris, não é esta lenda, como muitas outras, de origem brasileira. São conhecidas versões europeias, desde a Idade Média e em outros países, como México e Argentina.
Os estudiosos dizem que a origem da lenda está ligada ao uso das mulas como meio preferencial de transportes pelos religiosos.
Coisa inexplicável é como uma mula sem cabeça pode relichar, soltar fogo pelas ventas e ter, como única forma de quebrar o seu encantamento, desde que haja coragem, o ato de lhe tirar o freio quando então aparecerá despida, chorando arrependida...
domingo, 1 de julho de 2012
O Corvo e a Raposa
Certo corvo, tendo se apoderado de um belo queijo, buscou o alto e uma árvore, onde pudesse comê-lo tranquilamente. Passava por perto uma esfaimada, e astuta raposa, que sentindo pelo faro a presença do queijo, dirigiu-se ao corvo polidamente:
- Bons dias, meu belo corvo! mas que prazer me causa a visão de tão maravilhosa criatura!
O corvo, desconfiado, segurou mais firmemente o queijo com o bico, enquanto a matreira raposa continuava se desmanchando em falsos elogios.
Elogiou as penas de brilho incomparável, o porte inigualável, a graciosidade de movimentos e a delicadeza dos pés deixando o corvo envaidecido. E finalizou com essa provocação:
- Tão admirável criatura, certamente terá o canto à altura de sua formosura.
O presunçoso corvo não se conteve e abrindo o bico, crocitou horrivelmente, deixando cair o queijo, que foi rapidamente apanhado pela faminta raposa.
La Fontaine
Moral da História????
O Lobo e o cordeiro
O lobo colocou-se mais acima da margem, enquanto o humilde cordeiro um pouco amedrontado pela presença do lobo, cautelosamente se pôs um pouco mais abaixo.
A fera, procurando um pretexto para cair sobre o inocente cordeiro,
disse com os dentes à mostra:
- Mas que insolência! Como ousa turvar a água que estou bebendo?
- Como turvar-lhe a água? - defendeu-se tremulamente o cordeiro. Não percebe que é o contrário: a água da sua parte é que vem a mim?
O lobo não se deixou atrapalhar com a verdade: Replicou ferozmente:
- Além disso, há cerca de seis meses sei que você andou falando mal de mim.
E e nada adiantou o cordeiro dizer que não era nascido a essa época, pois o lobo o devorou vorazmente.
Fedro
Moral da história:
Não há contra-argumentação sustentável em face do império do argumento da força.
O lobo não se deixou atrapalhar com a verdade: Replicou ferozmente:
- Além disso, há cerca de seis meses sei que você andou falando mal de mim.
E e nada adiantou o cordeiro dizer que não era nascido a essa época, pois o lobo o devorou vorazmente.
Fedro
Moral da história:
Não há contra-argumentação sustentável em face do império do argumento da força.
A Rã Prudente
Do seu charco, onde habitava junto a outros seres da sua espécie, a rá observava a terrível luta que travavam entre si dois touros. Apreensiva, gritava saltitando de um lado para o outro.
- Ai de mim! Que infelicidade poderá nos sobrevir!
Outra rã, vendo-a assim aflita perguntou-lhe qual o motivo de tanta preocupação, visto que os touros se atacava disputando as fêmeas do seu rebanho.
- Eu sei que se trata de outro povo, disse a rã. Porém receio que um dos touros, sendo expulso do seu meio, venha refugiar-se em nosso lago e, com seus pés pesados, nos esmague. Dessa sorte, a desavença entre eles poderá ter consequência sobre nós.
Fedro
Moral da História: Quando os grandes se defendem os pequenos vêm a padecer
O Lobo e o Cão
Numa noite chuvosa, um lobo consumido pela fome, encontrou-se com um cão muito gordo. enquanto paravam para se cumprimentarem, o lobo perguntou:
- Como adquiris-te este aspecto tão saudável, tão cheio de carnes, enquanto eu, que sou muito mais forte e corajoso que tu vejo-me maltratado pela fome?
O cão respondeu com presteza:
- Da mesma sorte poderás beneficiar-te, se te tornares útil a um dono, guardando-lhe a porta durante o dia e defendendo-lhe a casa à noite, do assalto de ladrões.
- Oh!, quero-o muito, disse o lobo. Isto é muito melhor do que uma difícil batalha que travo pela sobrevivência nas florestas.
- Portanto, vem comigo e te levarei ao meu dono.
Puseram-se a caminho e o lobo ia pensando nas vantagens de viver saciado e abrigado, quando notou no pescoço do cão as marcas deixadas pela coleira.
Indagou-lhe a causa, mas o cão desconversou, preferindo falar da fartura de alimentos e cuidados que recebia em toca de seus serviços.
O lobo, porém, insistiu em saber o porquê daquela marca e disse-lhe o cão:
-É porque prendem-me durante o dia, a fim de que eu possa descansar para estar vigilante quando a noite chegar.
-Então, não tens licença de ir aonde bem quiseres, quando sente vontade? - perguntou o lobo:
-Não completamente respondeu o cão.
- O cão, goza das vantagens que louvas, pois, quanto a mim, não quero nem mesmo ser rei uma vez que não seja livre.
Fedro
Moral da história??????? Aguardo seu comentário
O Asno, a Raposa e o Leão
Após estabelecerem um pacto de proteção recíproca e jurarem amizade para sempre, o asno e a raposa embrenharam-se no matagal para uma caçada. Adiante, avistaram o leão que lhes cruzava o caminho.
A raposa disse para o asno:
- Precisamos, também selar um pacto de amizade com esse leão, a fim de que ele nos seja favorável.
E encaminhou-se determinadamente para o leão, oferecendo-se para ajudá-lo a pegar o asno, desde que, doravante a vida dela fosse poupada.
Com promessa do leão de que não mais lhe molestaria, a astuta raposa induziu o asno a acompanhá-la té um barranco, para dentro do qual empurrou o crédulo animal, e donde era impossível o tolo escapar.
Vendo isto, o leão saltou sobre a raposa e devorou-a. Deixaria o asno para a próxima refeição.
Esopo
Moral da história: deixo com você
O menino que gritava lobo
Certa vez um menino foi encarregado de pastorear as ovelhas, colina acima do povoado. A monotonia do trabalho logo o entediou. Então, para distrair-se, começou gritar na direção da aldeia.
- O lobo! O lobo! Acudam!
Por tês vezes os aldeões, atendendo aos gritos, largaram as pressas os seus afazeres e se lançaram em socorro do pastorzinho. Chegados ao topo da colina, no entanto, eram recebidos com risadas pelo menino. Os camponeses ficaram enfurecidos.
Um dia, porém, o lobo realmente surgiu e se atirou com impeto sobre as ovelhas.
Assustado, o pequeno pastor gritou com todas as suas forças.
- O lobo! O lobo! O lobo está aqui!
Mas ninguém se moveu em seu auxílio pois pensavam os camponeses que se tratava de mas uma brincadeira. E o lobo causou grandes estragos e baixa do rebanho.
Esopo
Esopo
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A Velha e o Médico
A cada visita sua, após aplicação de unguentos, o sabido médico aproveitava para surrupiar-lhe algum móvel.
Terminada a cura e tendo carregado tudo o espertalhão exigiu o pagamento combinado, Mas a velha recusou-se a pagá-lo e, consequentemente, ele a processou.
Perante os juízes, a anciã reconheceu que prometera o salário exigido, caso ele a curasse, no entanto após o tratamento, o seu estado piorara deveras.
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