domingo, 1 de julho de 2012

O Corvo e a Raposa

Certo corvo, tendo se apoderado de um belo queijo, buscou o alto e uma árvore, onde pudesse comê-lo tranquilamente. Passava por perto uma esfaimada, e astuta raposa, que sentindo pelo faro a presença do queijo, dirigiu-se ao corvo polidamente:
- Bons dias, meu belo corvo! mas que prazer me causa a visão de tão maravilhosa criatura!
O corvo,  desconfiado, segurou mais firmemente o queijo com o bico, enquanto a matreira raposa continuava se desmanchando em falsos elogios.
Elogiou as penas de brilho incomparável, o porte inigualável, a graciosidade de movimentos e a delicadeza dos pés deixando o corvo envaidecido. E finalizou com essa provocação:
- Tão admirável criatura, certamente terá o canto à altura de sua formosura.
O presunçoso corvo não se conteve e abrindo o bico, crocitou horrivelmente, deixando cair o queijo, que foi rapidamente apanhado pela faminta raposa.

La Fontaine

Moral da História????

O Lobo e o cordeiro


Em um dia de sol escaldante, um lobo e um cordeiro, cada um por sua vez, chegaram a um ribeiro, a fim de saciarem a sede.
O lobo colocou-se mais acima da margem, enquanto o humilde cordeiro um pouco amedrontado pela presença do lobo, cautelosamente se pôs um pouco mais abaixo.
A fera, procurando um pretexto para cair sobre o inocente cordeiro,
disse com os dentes à mostra:
- Mas que insolência! Como ousa turvar a água que estou bebendo?
- Como turvar-lhe a água? - defendeu-se tremulamente o cordeiro. Não percebe que é o contrário: a água da sua parte é que vem a mim?
O lobo não se deixou atrapalhar com a verdade: Replicou ferozmente:
- Além disso, há cerca de seis meses sei que você andou falando mal de mim.


E e nada adiantou o cordeiro dizer que não era nascido a essa época, pois o lobo o devorou vorazmente.


Fedro


Moral da história:
Não há contra-argumentação sustentável em face do império do argumento da força.

A Rã Prudente

Do seu charco, onde habitava junto a outros seres da sua espécie,  a rá observava a terrível luta que travavam entre si dois touros. Apreensiva, gritava saltitando de um lado para o outro.
- Ai de mim! Que infelicidade poderá nos sobrevir!
Outra rã, vendo-a assim aflita perguntou-lhe qual o motivo de tanta preocupação, visto que os touros se atacava disputando as fêmeas do seu rebanho.
- Eu sei que se trata de outro povo, disse a rã. Porém receio que um dos touros, sendo expulso do seu meio, venha refugiar-se em nosso lago e, com seus pés pesados, nos esmague. Dessa sorte, a desavença entre eles poderá ter consequência sobre nós.

Fedro

Moral da História: Quando os grandes se defendem os pequenos  vêm a padecer

O Lobo e o Cão

Numa noite chuvosa, um lobo consumido pela fome, encontrou-se com um cão muito gordo. enquanto paravam para se cumprimentarem, o lobo perguntou:
- Como adquiris-te este aspecto tão saudável, tão cheio de carnes, enquanto eu, que sou muito mais forte e corajoso que tu vejo-me maltratado pela fome?
O cão respondeu com presteza:
- Da mesma sorte poderás beneficiar-te, se te tornares útil a um dono, guardando-lhe a porta durante o dia e defendendo-lhe a casa à noite, do assalto de ladrões.
- Oh!, quero-o muito, disse o lobo. Isto é muito melhor do que uma difícil batalha que travo pela sobrevivência nas florestas.
- Portanto, vem comigo e te levarei ao meu dono.
Puseram-se a caminho e o lobo ia pensando nas vantagens de viver saciado e abrigado, quando notou  no pescoço do cão as marcas deixadas pela coleira.
Indagou-lhe a causa, mas o cão desconversou, preferindo falar da fartura de alimentos e cuidados que recebia em toca de seus serviços.
O lobo, porém, insistiu em saber o porquê daquela marca e disse-lhe o cão:
-É porque prendem-me durante o dia, a fim de que eu possa descansar para estar vigilante quando a noite chegar.
-Então, não tens licença de ir aonde bem quiseres, quando sente vontade? - perguntou o lobo:
-Não completamente respondeu o cão.
- O cão, goza das vantagens que louvas, pois, quanto a mim, não quero nem mesmo ser rei uma vez que não seja livre.

Fedro


Moral da história??????? Aguardo seu comentário

O Asno, a Raposa e o Leão


Após estabelecerem um pacto de proteção recíproca e jurarem amizade para sempre, o asno e a raposa embrenharam-se no matagal para uma caçada. Adiante, avistaram o leão que lhes cruzava o caminho.
A raposa disse para o asno:
- Precisamos, também selar um pacto  de amizade com esse leão, a fim de que  ele nos seja favorável.
E encaminhou-se determinadamente para o leão, oferecendo-se para ajudá-lo a pegar o asno, desde que, doravante a vida dela fosse poupada.
Com  promessa do leão de que não mais lhe molestaria,  a astuta raposa induziu o asno a acompanhá-la té um barranco, para dentro do qual  empurrou o crédulo animal, e donde era impossível o tolo escapar.
Vendo isto, o leão saltou sobre a raposa e devorou-a. Deixaria o asno para a próxima refeição.

Esopo

Moral da história: deixo com você

O menino que gritava lobo


Certa vez um menino foi encarregado de pastorear as ovelhas, colina acima do povoado. A monotonia do trabalho logo o entediou. Então, para distrair-se, começou gritar na direção da aldeia.
- O lobo! O lobo! Acudam!
Por tês vezes os aldeões, atendendo aos gritos, largaram as pressas os seus afazeres e se lançaram em socorro do pastorzinho. Chegados ao topo da colina, no entanto, eram recebidos com risadas pelo menino. Os camponeses ficaram enfurecidos.
Um dia,  porém, o lobo realmente surgiu e se atirou com impeto sobre as ovelhas.
Assustado, o pequeno pastor gritou com todas as suas forças.
- O lobo! O lobo! O lobo está aqui!
Mas ninguém se moveu em seu auxílio pois pensavam os camponeses que se tratava de mas uma brincadeira. E o lobo causou grandes estragos e baixa do rebanho.


Esopo

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A Velha e o Médico

Uma velha, que sofria dos olhos, mandou vir um médico, mediante salário, a fim de assisti-la.
A cada visita sua, após aplicação de unguentos, o sabido médico aproveitava para surrupiar-lhe algum móvel.
Terminada a cura e tendo carregado tudo o espertalhão exigiu o pagamento combinado, Mas a velha recusou-se a pagá-lo e, consequentemente, ele a processou.
Perante os juízes, a anciã reconheceu que prometera o salário exigido, caso ele a curasse, no entanto após o tratamento, o seu estado piorara deveras.
De fato, afirmava a velhinha, antes eu via todos os móveis da casa e gora não os posso mas ver.


Esopo


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