quinta-feira, 1 de abril de 2010

Páscoa



A Páscoa é uma das festas da cristandade, cuja celebração, no decorrer da história, alterou significativamente o modo de estar no mundo de grandes parcelas da humanidade, deixando marcas indeléveis nas artes, na pol´tica, nos costumes, na linguagem e na cultura geral, enfim.

Apesar de tratar-se de um memorial da resureição de Cristo, a Páscoa cristã está intimamente relacionada à Páscoa dos judeus (israelitas), também conhecida como "festa dos pães ázimos", em que se comemora a libertação desse povo do cativeiro egípcio.

A Páscoa Judaica


Candelabro importante para a cultura judaica é o Menorá (hebraico מנורה - menorah).


O Menorá possui sete braços e é um dos símbolos do Judaísmo, juntamente com a Estrela de Davi.



Conforme o texto bíblico ( Êxodo 12, 1-14), a libertação do povo hebreu, que padecia sob o jugo egípcio, foi precedida da passagem do Anjo exterminador, na noite do 14º dia após a primeira lua noa do m\~es de Nisã, de acordo com o calendário judaico. Daí o nome Páscoa, do hebraíco " Pesach", significando "passar por cima".

Naquele dia, orientadas por Moisés, as famílias sacrificaram um cordeiro perfeito, com cujo sangue marcaram as portas das suas casas. À noite, durante a ceia, foi servida a carne do cordeiro com verduras amargas, que lembrariam o amargor da escravidão no Egito, e pães sem fermento (pâes ázimos ou asmos), isto é, de trigo puro, significando a pureza do espírito dos comensais. Tudo realizado em estado de prontidão: vestidos, calçados, com cajado na mão, prontos para a partida.

E eis que passou o Anjo da Morte, exterminando a todos os primogênitos das casas dos opressores, mas poupando as casas marcadas com o sangue do cordeiro, o que causou grande pavor entre os egípcios e resultou na libertação definitiva dos hebreus e sua consequente marcha para a Terra Prometida.

A Páscoa simboliza, pois, a libertação de Israel, e sua celebração anual tomou um caráter de obrigatoriedade, em torno da qual foi-se organizando um conjunto de normas e práticas religiosas e de convivência social determinantes na construção de um profundo sentimento coletivo de povo e de nação para aquela gente.

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