segunda-feira, 4 de março de 2013

Mulher

 


Dizem que a uma certa idade nós  mulheres nos fazemos invisíveis, que nossa atuação na cena da vida diminui e que nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o impulso dos anos jovens.

Eu não sei se me tornei invisível para o mundo, pode ser, porém nunca fui tão consciente da minha existência como agora, nunca me senti tão protagonista da minha vida, e nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência.

Descobri que não sou uma princesa de contos de fada; descobri o ser humano sensível que sou e também muito forte. Com suas misérias e suas grandezas. 

Descobri que posso me permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e de não responder as expectativas dos outros.

E , apesar disso... Gostar de mim

Quando me olho no espelho e procuro quem fui…sorrio àquela que sou…
Me alegro do caminho andado, assumo minhas contradições. Sinto que devo saudar a jovem que fui com carinho, mas deixa-la de lado porque agora me  atrapalha.
Seu mundo de ilusões e fantasias, já não me interessa.
É bom viver sem ter tantas obrigações. Que bom não sentir um desassossego permanente causado por correr atrás de tantos sonhos.

“A vida é tão curta e a tarefa de vive-la é tão difícil que quando começamos
a aprende-la, já é hora de partir "

A mulher com alma de criança


Ela brinca com a vida
Por que acha que sofreu demais
Aprendeu todos os jogos
Descobriu cada manhã
Cada senha, cada sinal.
Hoje ela não se deixa perder
Ela sabe que já perdeu bastante

Seus valores, ao longo da vida
Foram mudados
Ela é camaleão
E quando todos achavam
Que ela não tinha mais tempo
Ela fez seu tempo

A mulher com alma de criança sabe
O seu corpo não é o mesmo de ontem
Mas, isso não a impede de sorrir.
Aprendeu a se valorizar
sabe o que quer
E mais
As coisas que antes eram muito importantes
Hoje não tem o mesmo valor


Marcelo Veneri

Irretocável


Silvana Duboc

Tenho cabelos claros, pintados,  para esconder os fios brancos. 

Não me recordo exatamente em que ano  eles começaram a branquear... 

Tenho algumas rugas em volta dos olhos,  mas também não me recordo  quando elas começaram a aparecer. 

Tento disfarçá-las, são tantas  novidades no campo da dermatologia,  achei por bem aproveitá-las.

Do corpo, quase não cuido , só recentemente entrei  para uma academia por ordem médica. 

Ele me disse que na minha idade preciso de exercícios... 
Mas falto mais do que vou, não gosto de fazer ginástica. 

Das minhas unhas cuido semanalmente,  penso que elas são um cartão de visita. 
Unhas maltratadas causam uma péssima impressão!

De uns dez anos pra cá descobri os cremes  e aí compro um aqui, outro ali e no final nã0 uso nenhum, mas compro, só de olhá-los na prateleira  já percebo que as rugas se retraem. 

Sou assim, vaidosa, mas não em excesso,  penso que sou na medida certa,  na medida correta para uma mulher. 

Enfim, os anos passam e as marcas  que eles deixam em nós, não temos  como conter. Nem pretendo isso!

Acredito que cada marca, que meu corpo carrega,  tem uma linda história. 

Às vezes na frente do espelho ao descobrir uma  nova ruguinha fico pensando o que a causou. 

Depois reencontro com outra que já está vincada há anos  e me recordo quando ela apareceu.

Poderia enumerar também a história  de cada fio de cabelo branco. 

Foram filhos, amores, marido, amigos que colocaram eles ali. 

Não quero me desfazer de nenhuma dessas marcas,  apenas amenizá-las, acho que mereço isso. 
A vida me deve isso.

Atualmente a parte que merece  mais a minha atenção, é a cabeça. 

Tento, todos os dias, colocá-la no lugar,  equilibrá-la, alimentá-la com sonhos e alegrias. 

Corpo e mente caminham juntos. 
Se um estiver em estado lastimável , o outro provavelmente vai se deteriorar.

Não escondo minha idade. 
Não adiantaria falar que tenho trinta e cinco  e apresentar um filho de trinta. 
Portanto eu confesso:  tenho sessenta e um anos. 
Metade deles bem vividos,  a outra metade muito sofridos. 

Mas é exatamente aí que está  o encanto da minha idade. 
Conheci de tudo um pouco, das lágrimas aos sorrisos  e ambos me fizeram ser essa pessoa que sou hoje. 

Ficaram as rugas no rosto e na alma,  mas também ficaram sorrisos em ambos. 

Minhas rugas mais bonitas  são aquelas marcas de expressão 
que eu adquiri por tanto sorrir,  muitas vezes, quando o coração chorava.

Audrey Hepburn



O texto a seguir foi escrito por Audrey Hepburn, quando pediram que revelasse seus segredos de beleza.

Para ter lábios atraentes, diga palavras doces.


Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas.


Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos.


Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia.


Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho.


Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas; jamais jogue alguém fora.


Lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficamos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo.


A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside.


A beleza de uma mulher não está na expressão facial, mas a verdadeira beleza de uma mulher está refletida em sua alma. Está no carinho que ela amorosamente dá, na paixão que ela demonstra.

A beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos